O último ano trouxe um grande impacto para pequenas empresas e, segundo uma pesquisa da FGV e Sebrae, 36% delas estavam com dívidas em atraso em julho de 2020. Nesse contexto, se torna ainda mais necessário o controle financeiro e um planejamento anual, incluindo todos os gastos previstos e uma reserva para gastos extras, rescisões contratuais e imprevistos gerados pela instabilidade econômica.
Segundo Fillipe Piomonte, gerente comercial do sistema de controle financeiro YpControl, é importante o empreendedor conhecer os gastos da empresa, planejar o pagamento das dívidas e incluir uma reserva para gastos extras. Veja as dicas do especialista:
Conheça os gastos da empresa
Ao longo do ano, as empresas pagam diversos impostos com valores que variam dependendo do regime tributário em que se enquadram. Essas taxas devem estar sempre no radar dos empreendedores:
- Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ),
- Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL),
- PIS/Pasep,
- Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins),
- Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS),
- Imposto Sobre Serviços (ISS),
- Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), para empresas que produzem ou importam produtos
- Contribuição Previdenciária Patronal (CPP)
Conheça o fluxo de caixa
O fluxo de caixa permite que o empreendedor projete gastos para períodos futuros e conheça todas as entradas e as saídas de recursos. “Quando o empresário entende seu fluxo de caixa, fica mais fácil a tomada de decisões importantes para a empresa, como fazer ou não investimentos, pegar empréstimos, contratações, demissões e até a realização de promoções e ofertas de novos serviços, que dependem dessa avaliação da saúde financeira,” detalha Fillipe Piomonte.
Invista em um sistema de gestão financeira
Segundo a pesquisa da FGV e SEBRAE, as empresas que estão com as contas em dia possuem pontos em comum. A principal delas é investir em tecnologia em diferentes setores. Além de utilizarem as redes sociais como canal de vendas, esses negócios também investiram em tecnologia com ferramentas de gestão online antes do impacto da pandemia.
Para gestão financeira, o ideal é escolher um sistema que simplifique e otimize os processos da empresa e que possa ser acessado de qualquer dispositivo. “O ideal é escolher um sistema que seja prático e integre o financeiro com o setor de contratos, de cobrança, com emissão de notas fiscais e boletos bancários, além de emitir os relatórios financeiros da empresa em tempo real, mostrar fluxo de caixa, emitindo alertas de contas a pagar e a receber, permitindo uma visão completa da saúde financeira do dia e do futuro da empresa” comenta o gerente comercial do YpControl.
Identifique o valor das dívidas
Muitas vezes, por não ter um bom controle, o empreendedor não conhece a real situação das finanças da empresa e só percebe o problema quando já está endividado. E o excesso de dívidas afeta a relação da empresa com fornecedores e bancos, por exemplo. Saber o exato valor da dívida é essencial para montar uma estratégia de pagamento. “Conhecendo bem a saúde financeira da empresa, é possível pensar em maneiras para diminuir a inadimplência ou buscar recursos a longo prazo,” reforça Fillipe.
Renegocie dívidas
Quanto maior for o domínio do empreendedor sob a gestão financeira da empresa, maior será o preparo para negociar dívidas e mais segurança ele passará para os credores. O ideal é negociar as dívidas que tenham um maior impacto na empresa, como um aluguel, por exemplo.
“Antes de aceitar propostas de renegociação, é preciso estar atento a fatores como taxa de juros e prazos para ter certeza que será viável para empresa,” conclui o especialista.
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